Venda de Beraldo pode mudar a história de clube formador
São esperadas propostas irrecusáveis por Beraldo, que ganhou ainda mais destaque após a conquista da Copa do Brasil.
O XV de Piracicaba é dono de uma fatia minoritária nos direitos econômicos de Lucas Beraldo, mas que pode ser suficiente para mudar a história do clube em caso de venda.
A possibilidade de uma negociação do zagueiro mantém em alerta dirigentes do clube do interior do estado, a cerca de 160 quilômetros do estádio do Morumbi. Os valores podem ultrapassar os R$100 milhões.
Clube formador de Beraldo pode desembolçar R$20 milhões em venda, algo para ficar na história
Aos 19 anos, em sua primeira temporada como titular no profissional, Beraldo é visto como uma das maiores revelações do São Paulo em anos. Desse modo, espera-se que ele receba propostas altas de clubes europeus na próxima janela de transferências.
Beraldo jogou na base do XV de Piracicaba de 2018 a 2019, antes de ir para o São Paulo. Na negociação, o clube ficou com 20% dos direitos econômicos do jogador. Esta parcela, no entanto, pode render hoje até R$ 20 milhões.
Segundo dirigentes, o São Paulo negou propostas de cerca de 12 milhões de euros (cerca de R$ 62 milhões) pelo atleta. Eles sabem, porém, que receberão novos contatos em breve.
Após uma temporada como destaque e com a conquista da Copa do Brasil, há a expectativa de que as ofertas alcancem os 19 milhões de euros. Este número, próximo a R$ 100 milhões na cotação atual, é uma cifra que agrada a diretoria Tricolor.
Desse modo, as projeções fazem com que o XV de Piracicaba resista em vender sua porcentagem ao próprio São Paulo, que já ofereceu R$ 2 milhões. Eles, hoje, vislumbram receber até 10 vezes esse valor.
Com responsabilidade e bom senso, dá para mudar de patamar – disse o presidente do clube, Luís Guiherme Schnor, que estima as despesas anuais do XV de Piracicaba entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões. Pelos valores estimados, a receita com a venda de Beraldo bancaria a equipe por duas temporadas.
Além disso, Schnor diz que não há planos concretos de uso para o dinheiro. Recentemente, um dirigente do XV disse que a prioridade seria o pagamento de dívidas para investir em estrutura:
Isso ainda é opinativo. Só dá pra definir quando houver uma sinalização firme do São Paulo com relação à venda, o que é imprevisível.
O presidente do XV também admitiu que, na concretização do negócio, quando houver, pode negociar com o São Paulo sobre a fatia do clube. O Tricolores detém 60% dos direitos econômicos, já que os outros 20% são de Beraldo. Sendo assim, os direitos federativos do atleta têm mais poder na negociação e podem fazer exigências no acerto
Vamos tentar manter a paridade. A flexibilização pode ocorrer se, de repente, houver alguma contrapartida, como porcentagem de outro atleta, empréstimo de jogador, etc. Mas isso também é só uma suposição. Na hora vamos conversar. Eu tenho um bom diálogo com o Casares e confio na coerência no momento da negociação – completou Schnor, citando o presidente tricolor Julio Casares.
Em outubro, o diretor de futebol do São Paulo, Carlos Belmonte admitiu que ainda espera ampliar a participação tricolor nos direitos econômicos de Beraldo.
Fizemos uma proposta que não foi aceita pelo XV, e isso está sendo tratado diretamente pelo presidente Casares com o do XV. Eles têm conversado, buscado soluções, têm tentado alternativas, quem sabe a gente consegue mais alguma porcentagem do Beraldo. Entendemos o lado do XV, e só vamos vender o atleta no momento oportuno. E isso (porcentagem) pode ser negociado a qualquer momento, agora ou na venda.
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