São Paulo vê cobranças da justiça impactarem finanças
O Tricolor tenta contornar a situção, mas se esbarra na ambição causada pela premiação da Copa do Brasil; entenda.
O prêmio de R$ 70 milhões que o São Paulo recebeu pelo título da Copa do Brasil gerou uma corrida de cobranças de agentes à Justiça. Empresários reivindicam comissões não pagas pelo clube.
Além disso, os profissionais tentam penhorar parte do dinheiro até para saldar dívidas de atletas tricolores, no caso o zagueiro Arboleda. Desse modo, as finanças do Tricolor podem sofrer impacto.
Cobranças ao São Paulo na justiça envolvem ex-atletas
As cobranças de dois escritórios totalizam R$ 7,8 milhões e dizem respeito a três intermediações. As duas primeiras são da atual gestão (Compra de Patrick em 2022 e venda de Gabriel Sara), enquanto outra vem do mandato anterior, de Leco (contratação de Anderson Martins).
Os empresários Marcelo Robalinho e Carlos Leite foram aos tribunais neste mês de novembro. Isso aconteceu mais de mês depois da vitória Tricolor sobre o Flamengo na decisão da Copa do Brasil.
Robalinho, inclusive, cita na ação a premiação da Copa do Brasil para estruturar a argumentação, além das rendas milionárias dos jogos no Morumbi. No processo, o agente cobra R$ 501 mil do São Paulo por parcelas do acordo de intermediação pela contratação de Patrick, que defendeu o time em 2022.
No caso de Carlos Leite, são dois processos distintos. O de valor mais alto é o que ele cobra R$ 5,5 milhões em comissões pela venda de Gabriel Sara ao Norwich, da Inglaterra, por 9 milhões de libras, em julho do ano passado, já com o clube sob a gestão de Julio Casares. Em outro, o valor é de R$ 1,7 milhão pela intermediação da contratação de Anderson Martins, em 2018.
Casos de Arboleda
A premiação da Copa do Brasil também se tornou alvo em disputas que o São Paulo não aparece exatamente como protagonista. O centro do processo é o zagueiro Arboleda, cobrado por dois escritórios de representação diferentes.
O jogador tomou dois empréstimos da agência Kirim Sports, um de R$ 200 mil e outro de R$ 252 mil, e sofreu processos. A empresa já conseguiu bloquear contas e penhorar dinheiro do jogador, mas o valor foi insuficiente para saldar a dívida.
Sendo assim, a empresa pediu que o São Paulo depositasse em juízo a premiação que o jogador receberá pela conquista da Copa do Brasil. A justiça, portanto, acatou a solicitação.
Numa terceira cobrança, a Primesports alega dívida de quase R$ 1 milhão e teve atendido pedido semelhante, para que o São Paulo depositasse o bicho da Copa do Brasil de Arboleda em uma conta judicial – essa ação está sob sigilo.
O São Paulo se manifestou nas ações da Kirim e informou que ainda não há uma previsão de quanto e quando pagará aos atletas pelo título do torneio, vencido em setembro. Um dos juízes, no entanto, deu um prazo de quinze dias para que o clube apresente esse plano.
Sobre o assunto, o clube enviou a seguinte nota ao Globo Esporte:
O São Paulo Futebol Clube passa por um momento de reconstrução financeira. O Clube mantém contato direto com agentes, que serão pagos dentro de um programa de prioridades. Em relação ao Arboleda, trata-se de uma questão pessoal. As informações de de premiação e salários são confidenciais e internas.
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