Procon cobra multa milionária de empresa parceira do São Paulo
Empresa terá que pagar R$1.035.329,44 de reais por irregularidades na prestação de serviçõ envolvendo jogos do São Paulo.
O Procon determinou a Total Acesso, empresa parceira do São Paulo na venda de ingressos para os jogos da equipe, o pagamento de multa milionária no valor de R$ 1.035.329,44.
Três ações completam o valor, que está atualizado por juros. Todas elas já transitaram em julgado, ou seja, não há possibilidade de recursos na esfera administrativa.
Entenda as situações que geraram cobrança de multa milionária a Total Acesso, empresa parceira do São Paulo

Um das ações movidas contra a Total Acesso tem valor de R$ 775.482,10, outra de R$ 156.590,91 e, por fim, outra de R$ 103.256,43. A maior delas é de 2020, com trânsito em julgado em março de 2022.
Na ação consta que a empresa fere o direito do consumidor no que se refere ao prazo de desistência da compra. A Total Acesso empresa contestou a cobrança na Justiça, mas o pedido foi julgado improcedente em abril.
Na semana passada, a venda de ingressos para a final da Copa do Brasil, entre São Paulo e Flamengo no Morumbi, gerou insatisfação e muitas reclamações acerca dos transtornos que os torcedores enfrentaram para tentar garantir seus bilhetes.
A comercialização dos ingressos teve início na quinta-feira (07) de manhã, com exclusividade para membros Diamante do programa de sócios-torcedores. As entradas se esgotaram poucas horas depois e uma grande parcela dos torcedores tiveram dificuldades com em concluir a compra no site da empresa.
De certo, pelo menos uma ação relacionada a essa partida corre na justiça. Um advogado cobra quase R$ 24 mil em indenização da empresa e do clube por não conseguir comprar ingressos. Por ser membro Diamante, ele deveria ter prioridade no processo de compra, mas isso não aconteceu.
A venda para o clássico contra o Corinthians pela semifinal da Copa do Brasil, no mês passado, também gerou inúmeros transtornos por conta da ineficiencia do site.
Na ocasião, quando torcedores se mobilizaram para protestar sobre o fato nas redes sociais, o São Paulo foi alvo de 157 registros de reclamações relacionadas a compra de ingressos no Procon. Até o mês anterior, somava 77.
A Total Acesso, por sua vez, teve registradas 110 reclamações até o mês passado, 49 delas só em agosto.
Posicionamento do São Paulo
Indagado sobre o impasse em entrevista na noite desta segunda-feira (11), o Presidente Julio Casares deu uma resposta evasiva.
“O contrato ainda vai para o ano que vem, mas isso é tudo revisto. Nós acabamos de rever a condição de consórcio, onde as catracas têm a participação de outra empresa.”
Casares afirmou que o tema é uma prioridade, mas não estipulou prazos para soluciona-lo.
“Não vou fixar um prazo aqui, mas é uma prioridade nós melhorarmos esse sistema. E vamos ouvir, principalmente, as pessoas envolvidas no setor”, acrescentou Júlio.
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