James Rodríguez surpreende e pede para sair do São Paulo; clube analisa condições
Com apenas 14 partidas pelo clube, o meia comunicou ao departamento de futebol que deseja sair do São Paulo; veja detalhes.
O meia James Rodríguez não joga mais pelo São Paulo; o atleta comunicou o departamento de futebol que quer sair, e o clube aceitou rescindir o contrato do colombiano. Agora, o São Paulo analisa as condições para encerrar o vínculo.
A conversa aconteceu ao longo desta semana. Nela, James teria proposto um acordo amigável. Como justificativa para o pedido, o jogador pontuou que teve poucas oportunidades no time e que gostaria de ficar perto de sua família.
Entenda fatores que levaram James Rodríguez a pedir para sair do São Paulo
Na manhã desta quarta-feira (07), enquanto colegas estavam concentrados em preparação para o duelo contra o Água Santa, que acontece à noite, James treinou no CT da Barra Funda com outros jogadores que também não foram relacionados para a partida.
O colombiano sequer atuou nesta temporada e nem foi inscrito para o Paulista. Frequentemente, o São Paulo informa que o atleta faz atividades com “controle de carga”, indicando problemas físicos. James, porém, nega qualquer limitação à pessoas próximas.
O meia também teria relatado a essas pessoas um incômodo por uma suposta dívida com o clube, mas dirigentes do São Paulo dizem que esse tópico não entrou em questão na conversa.
Em entrevista recente, Rui Costa, dirigente do departamento de futebol do São Paulo, foi categórico ao dizer que James Rodríguez não tinha qualquer tipo de privilégio por ser astro na seleção da Colômbia.
Ele fez questão de ressaltar que a instituição São Paulo Futebol Clube é maior e sempre estará a frente de qualquer atleta. Assim, é o jogador quem deve se adaptar.
Ele é o James, mas respondendo outro aspecto do questionamento: o James vai se adaptar ao São Paulo. Ele precisa se adaptar ao São Paulo, como o Lucas se adaptou ao São Paulo e como todos os atletas que chegam adaptam-se ao São Paulo, por uma questão de princípio, porque ninguém é maior que o São Paulo.
Durante sua fala, o dirigente ressaltou a capacidade técnica do elenco, salientando que a equipe terá uma longa temporada. Serão aproximadamente 70 jogos, portanto, é necessário ter um elenco no qual todos terão a oportunidade de mostrar seu futebol.
No perfil do nosso elenco hoje, todos querem ser titulares, né! Não se conquista nada apenas com 11 titulares. […] Nós temos em torno de 75 jogos na temporada. No ano passado foram 70 jogos, se não me falha a memória, é impossível jogar um elenco de 11, 12 jogadores.
Ele completa, ainda, dizendo que outros profissionais também destacam a importância de se ter um grupo preparado.
Isso está muito claro, inclusive, outros treinadores falaram sobre isso ao longo da semana, que essa época do ano no futebol brasileiro você precisa ter grupo, e é isso que nós buscamos. Nós temos um grupo hoje, no qual todos terão oportunidade desde que conquistem tecnicamente esse espaço no time – destacou o diretor executivo.
Além disso, o Rui Costa pontuou que a adaptação de James e sua atual situação no clube iriam muito além de sua titularidade ou não. O futebol brasileiro traz peculiaridades que dificultam o processo.
Ele, dentro de suas características [….] precisa se adaptar não só ao clube, mas também à liga que ele está, ao fato de que se joga a cada 72 horas, ao fato de que nós fazemos deslocamentos de um país continental e se sai de uma temperatura baixa para uma temperatura alta e que os padrões de gramado não são necessariamente os mesmos. Então o processo de adaptação do James ao futebol brasileiro é muito mais amplo do que simplesmente ele buscar a titularidade – concluiu.
Existia uma expectativa acerca da participação do colombiano na decisão da Supercopa, mas ele continuou de fora e sequer viajou para Belo Horizonte. A partir daí, a torcida já começou a questionar sobre o futuro do atleta.
Pelo clube, James fez apenas 14 jogos, todos no ano passado, e marcou um gol. O meia gerou grande expectativa em sua chegada, mas termina a passagem pelo São Paulo de forma melancólica.
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