Entenda os desafios de Casares para a nova gestão no São Paulo
Casares foi reeleito presidente do São Paulo na última sexta-feira para mandato de três anos, e terá pela frente alguns desafios já na próxima temporada.
Julio Casares foi reeleito presidente do São Paulo na última sexta-feira (08) para um novo mandato de três anos, e terá pela frente alguns desafios já na próxima temporada, sobretudo de cunho financeiro.
Com uma oposição desarticulada, Casares foi o único candidato na eleição. Além disso, conseguiu colocar 88% de sua chapa nas cadeiras de conselheiros do clube. Assim, a tendência é que sua gestão seja tranquilo quanto a tomada de decisões.
Apesar da consquista da Copa do Brasil e do fim do jejum de titúlos, Casares ainda terá muitos desafios a frente do São Paulo
Primordialmente, a maior dificuldade está nas finanças do clube. Em seu primeiro ano de mandato, 2021, esse já era um ponto de atenção. Casares até conseguiu recuperar driblar a pandemia e viu o caixa melhorar, apresentando superávit de R$ 79 milhões ao fim de 2022. Este era um fato raro no Tricolor nos últimos anos.
Apesar disso, o São Paulo segue com dificuldades no fluxo de caixa nesta temporada que deveria ser muito positiva. O clube passou por praticamente todo ano de 2023 atrasando salário para os atletas.
Julio Casares, porém, fez questão de salientar que a equipe passa por um processo de reconstrução, e isso não acontece de maneira rápida. Assim, minutos após a confirmação de sua vitória, ele prometeu seguir nessa linha.
Vamos continuar uma caminhada de reconstrução que leva tempo. Três anos é pouco, subimos degraus, em âmbito esportivo chegamos em quatro finais e ganhamos duas. O legado financeiro houve um equilíbrio, o estancamento da sangria. Vamos focar na continuidade da competitividade esportiva, equilíbrio e continuidade da situação financeira.
O balanço financeiro deste ano só deve ser divulgado em abril, mas Casares já admite que haverá um déficit se nenhum jogador for vendido até o final de dezembro. Além disso, é possivel que não haja diminuição da dívida, mesmo com o bom dinheiro arrecadado com as premiações e bilheterias deste ano.
O endividamento no final de 2022 fechou próximo dos R$ 700 milhões. Metade disso, no entanto, será cobrada no curto prazo.
Planejamento de elenco
Com a reeleição, Casares poderá continuar o planejamento de contratações e dispensas para a próxima temporada. As saídas podem chegar até a 12 nomes, o que seria um grande alívio para a folha salarial.
Boa partde dos atletas que estão na lista de dispensas podem servir como moeda de troca na janela de transferências. O São Paulo, inclusive, já tentou envolver alguns na troca por Emmanuel Martínez, do América-MG, mas o Coelho não aceitou.
Outra prioridade é a manutenção do elenco campeão da Copa do Brasil. Nesse sentido, o principal nome é o de Lucas Moura. Com contrato até dezembro, o meia-atacante não decidiu se fica, e a diretoria intensificou as tratativas para um novo vínculo de mais três anos.
As vendas também devem ser parte importante desse momento inicial do novo mandato do presidente. Beraldo, por exemplo, recebeu uma oferta de 18 milhões de euros (R$ 95,5 milhões) do Zenit, da Rússia, mas o clube aguarda propostas ainda melhores.
O objetivo é conseguir faturar o máximo possível com o zagueiro, que a diretoria considera como um dos melhores atletas já formados em Cotia. Estima-se que o negócio pode chegar a algo em torno de R$120 milhões.
Pablo Maia e Rodrigo Nestor também despertar o assédio dos times de fora, mas Casares tem o desafio de manter um elenco forte para a disputa das competições que virão.
Disputa da Libertadores
A necessidade de reforçar o elenco tem muito a ver com a disputa da Conmebol Libertadores. O São Paulo está de volta à competição após três anos e quer ser protagonista no torneio, que já venceu três vezes.
No entanto, a comissão técnica e a diretoria entendem que o atual elenco ainda não tem todas as peças necessárias. A Libertadores será a prioridade da temporada, e é preciso se reforçar para fazer uma boa competição;
A prioridade atualmente é buscar um atacante que possa ser reserva ou brigar por posição com Calleri. Além disso, o clube já tem um acerto com Erick, do Ceará, jogador de velocidade, e está muito perto do volante Luiz Gustavo, que defendeu a Seleção.
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